Os benefícios do eneagrama para a minha vida

Por Lucimara Romano, psicóloga clínica e institucional

Criado há mais de cinco anos, o eneagrama tornou-se um dos mais conhecidos sistemas atuais de autocompreensão, com base em nove tipos de personalidade. E o que seria personalidade? De forma bem prática, personalidade é o óculos que a pessoa usa para enxergar o mundo. É a forma como ela vê, sente e age diante da vida.

O eneagrama possibilita um mapeamento dos nove tipos psicológicos básicos, identificando as características e as emoções mais marcantes de cada indivíduo.

Os principais objetivos dessa ferramenta são reconhecer e fortalecer os aspectos positivos de uma pessoa, minimizando os comportamentos considerados inadequados. Em outras palavras, o eneagrama traz consciência para os padrões de comportamento que são construtivos e destrutivos, oferecendo alternativas para que a pessoa se desenvolva por meio do autoconhecimento.

Na psicologia, o uso do eneagrama possibilita promover o autoconhecimento, fazendo com que o indivíduo se torne consciente das emoções que influenciam diretamente em suas ações e decisões. Permite que sejam identificados seus padrões comportamentais, bem como elementos motivadores e desmotivadores.

A personalidade e os tipos psicológicos de uma pessoa são desenvolvidos a partir da interpretação das suas experiências de infância. A partir de sua história de vida, a pessoa cria mecanismos para se proteger ou suprir suas necessidades. Esses mecanismos ajudam a formar a personalidade e definir seu tipo psicológico. E diante dessa definição o eneagrama se destina a iniciar um processo de questionamento que pode levar-nos a uma verdade mais profunda sobre nós e sobre nosso lugar no mundo.

Se refletirmos por um instante, perceberemos que o anseio do nosso coração é saber quem somos e por que estamos aqui. Porém, nossa cultura pouco nos estimula a procurar respostas para essas questões tão importantes. Ensinaram-nos que a nossa qualidade de vida depende da melhoria da nossa riqueza exterior. Entretanto, mais cedo ou mais tarde, descobriremos que, apesar de seu valor, as coisas exteriores não podem falar na profunda inquietude da nossa alma.